Abaixo-Assinado (#561):

Proteção aos Mangues do Canal de São Sebastião

Destinatário: IBAMA - Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaveis

Ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA

Todos que assinam esse documento, representando a população do Litoral Norte e interessados na região, vêm requerer desse Instituto que as três áreas abaixo descritas, localizadas no canal de São Sebastião, sejam imediatamente declaradas como Áreas de Relevante Interesse Ecológico.

São remanescentes de mangues que florescem no canal de São Sebastião: 1º - junto ao último trecho de restinga no estuário da Barra Velha, em Ilhabela; 2º - na praia e baia do Araçá em São Sebastião, 3º - uma nova e vigorosa área de mangue, surgida espontaneamente no aterro junto ao porto de São Sebastião. Juntas abrigam uma grande biodiversidade, conforme descrito abaixo.

A cidade de São Sebastião teve recentemente executado, seu plano de reurbanização na área de aterro do canal, na denominada rua da praia, revitalizando o lado leste do mangue, em questão, permitindo que o Córrego do Outeiro se incorporasse à paisagem urbana, para o desfrute contemplativo de seus cidadãos. Esse mangue logo poderá ser integrado à cidade como um Santuário Urbano de Aves Marinhas, o futuro Parque dos Colhereiros. Equipado com uma torre de observação de aves, funcionará como um centro de interpretação e educação ambiental, praticamente no centro da cidade.

Algumas espécies de aves migratórias passam por lá durante algumas semanas por ano, como os colhereiros rosa e os trinta réis que nidificam em vários pontos do canal. Se estimularmos adequadamente, outras espécies interessantes, também poderão ser atraídas.

Consideramos para o presente requerimento, que o Centro de Biologia Marinha, uma base avançada da Universidade de São Paulo, possui uma área de entorno decretada Área Sob Proteção Especial - ASPE, adjacente ao mangue do Araçá.

Atualmente, pesquisadores de vários Institutos da USP e de outras universidades brasileiras, também produzem importantes estudos científicos na baia do Araçá, como por exemplo, o Prof. Alexander Turra do Instituto Oceanográfico da USP. Em razão da rica biodiversidade, a baía do Araçá é usada como um "laboratório aberto" por biólogos, oceanógrafos e estudantes de todo o mundo.

Somente a presença dos animais migratórios que por ali param para descansar e se alimentar, já justificariam todos os esforços para sua preservação, recuperação e para a remediação das áreas degradadas no entorno. Veja as imagens: http://br.youtube.com/watch?v=NqRZvWB7paY

Mamíferos silvestres como morcegos pescadores e lontras da Mata Atlântica são freqüentemente avistados se alimentando nesses pequenos mangues onde abundam crustáceos diversos: ucas, uçás e guaiás, guaiamus, siris e aratús, várias espécies de camarões, isópodas, cracas e outros tantos. Moluscos, peixes e até tartarugas marinhas já foram registradas, ganhando a vida nesses mangues.

Gerações de pescadores artesanais locais vêm freqüentando diariamente essas áreas para também capturar peixes, moluscos e crustáceos. Vestígios de cerâmica pré-colombiana, atestam que os primeiros habitantes desse litoral já conheciam as riquezas desses ambientes, autênticos sítios arqueológicos.

Considerando todo o exposto, os abaixo assinados requerem que as áreas citadas sejam decretadas Áreas de Relevante Interesse Ecológico e que sejam assim mantidas para as próximas gerações.

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