Abaixo-Assinado (#9030):

Pre-conceito E-music

Destinatário: abaixoassinadobh@yahoo.com.br

Diante do vídeo divulgado hoje, no youtube, twitter e facebook, onde temos o senhor Geraldo Luiz, apresentador do programa Balanço Geral, como estrela principal, gostaria de fazer algumas considerações.

Bom, primeiramente, muito fácil pegar uma festa de grande público pra difamar correto? Na “festa rave” tem ecstasy, tem menor de idade, tem álcool. Mas e do Axé Brasil? Porque ninguém fala? Temos loló (considerado solvente e/ou inalante), tem lança perfume, cocaína, MUITOS menores de idade, tem abuso sexual, tem crianças de 13, 14 anos entrando em coma alcoólico, mas isso meus caros ninguém comenta! Afinal, Axé Brasil é televisionado, é coberto pela rádio, e ainda por cima, tem patrocínio de inúmeras redes de televisão brasileiras, logo, meus colegas por qual motivo iríamos difamar esses eventos? Não é mesmo?

Ok, vamos continuar.

A festa escolhida para a ‘difamação’ é uma festa que não tem um público majoritário freqüente em festas de música eletrônica (Quando digo freqüente, eu quero dizer pessoas que vão a pelo menos cinco festas desta categoria e-music por ano.). Então me diga se estou correta:

Nº 1: Até onde sei o controle de crianças que freqüentam locais não permitidos à idade deles, é do Juizado de menores e dos pais (Os meus agradeço a Deus me educaram muito bem, e não me permitiam algo quando não era correto), logo, se houve falha na entrada dos menores, NÓS pessoas livres maiores de idade que freqüentamos “festas rave” não temos nada em comum ou devemos nada a estas pessoas (crianças, pais das crianças, juizado de menores), certo?

Nº2: Imagino que na afirmativa “Boi preto, anda com boi preto” e “Só vai nesta festa ‘nego’ que gosta de consumir droga” o Excelentíssimo Senhor Geraldo Luiz tenha feito uma pesquisa com dados coerentes, corretos, e com certeza com ampla área de pesquisa ao afirmar, que todos que estão ali, estão completamente malucos, que há descriminação quanto à renda social do público ou mesmo que eu, freqüentadora assídua de festas de música eletrônica me encaixo no perfil negativo que é disposto em sua fala. (Quando digo eu, estou representando a minha pessoa e a de meus colegas que sentiram ofendidos com essas afirmativas), Eu posso afirmar com excelência, que eu nunca fui parar em um ambulatório de festa, ou tiveram que me levar ao hospital porque estava alcoolizada ou até mesmo drogada, então meu Querido Geraldo Luiz, POR FAVOR, antes de afirmar que todos ficamos drogados embebedados, e “dá-lhe droga” peço que pense duas vezes antes de ofender em rede nacional.

Nº3: Porque a aclamada polícia militar e civil QUE ESTAVA PRESENTE NO EVENTO, não se manifestou com qualidade no serviço e controlou a situação? E porque a falta de controle desta situação é culpa nossa, que participamos frequentemente de festas de música eletrônica, se por várias vezes, nos sentimos incomodados com esta situação de pessoas passando mal ou dando um verdadeiro vexame nas festas?

Nº4: Que fique de aviso aos indivíduos que acham e afirmam em rede nacional, ou até mesmo privada que “festa rave” é esse esquema de sexo, drogas e rock’n roll peço que antes de julgar, esteja presente, avalie! Avalie também as festas pequenas, as que chamamos de privativas, onde os que querem zonear, não são convidados, aí sim estaremos abertos á críticas.

Agradeço,Gabriela Mourão

(Frequentadora de Festa Rave)

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