Abaixo-Assinado (#47901):

Carta em defesa do Padre Cletus Onyemauche elaborada pelos leigos de boa vontade

Destinatário: Eminência Beniamino Cardeal Stella

Carta em defesa do Padre Cletus Onyemauche elaborada pelos leigos de boa vontade

A sua Eminência.
Beniamino Cardeal Stella
Carta em defesa do Padre Cletus

Esta carta é escrita e assinada por um grupo de leigos católicos que tomaram conhecimento de um processo injusto movido contra o Pe. Cletus Oneymauche Chukwujioke, sacerdote católico há 17 anos nessa arquidiocese. Queremos chamar a atenção para as arbitrariedades cometidas neste processo, e também mostrar que a sentença prolatada extrapola os limites do razoável e do proporcional, em um caso em que se verifica a ausência de provas concretas. Em resumo, foi dada uma pena capital de demissão em um processo onde não existe qualquer prova de fato ilícito concreto.

Este sacerdote começou sua vida como monge na Ordem da Santa Cruz, tendo sido depois ordenado padre diocesano em Goiânia, capital do estado brasileiro de Goiás, e recomendado pela referida Ordem Religiosa como um dos monges mais piedosos que por ali passou, considerado por eles um homem verdadeiramente digno de exercer o sacerdócio entre os fiéis. O Pe. Cletus sempre foi referência em Goiânia no quesito de atendimento de confissões e em sua santidade, um dos poucos padres que ainda faz longas horas de adoração ao Santíssimo Sacramento e que ensina a todos os seus filhos a adoração de Jesus na Eucaristia - o centro da vida da Igreja.

O Código de Direito Canônico nos ampara nesta carta, pois seu cânon confere aos leigos o direito de se manifestarem em instância superior sempre que bispo ordinário tomar atitudes contrárias ao Direito da Igreja, a moral ou a doutrina católica.

Primeiramente houve várias tentativas de conversa com o Arcebispo por parte de vários grupos de leigos, como, por exemplo, as irmãs adoradoras do Santíssimo Sacramento, o grupo da comunidade do Jardins Florença e outros leigos, dentre eles, alguns que participaram como testemunhas de um julgamento desfavorável ao Padre Cletus, cuja sentença obscura pretende anular a ordenação deste sacerdote, o qual nunca havia recebido qualquer penalidade em relação às leis da Igreja, e que sempre agiu de modo correto em seu ministério, mas que termina com uma sentença que simplesmente ordena perda de suas ordens sacerdotais sem provas cabais das acusações feitas a ele.

O Arcebispo nos disse que houve denúncias de várias pessoas dizendo que viram o Pe. Cletus com jovens e que ele supostamente abusava delas. Porém, não existe nenhuma jovem que se disse abusada sexualmente, não existe nenhum pai ou mãe de família reclamando que seus filhos foram abusados. O que existe são relatos de algumas jovens que acharam o comportamento do padre inapropriado, mas as denunciantes afirmam que nunca foram abusadas sexualmente. Esses simples fatos já evidenciam que não caberia aqui uma pena máxima de demissão.

Outro ponto que demonstra a fragilidade dessas acusações é o fato de que nenhuma família processou civilmente o Pe. Cletus e muito menos a Arquidiocese por causa de tais fatos, algo que nos intrigou bastante, pois, como é possível um processo canônico com uma sentença de demissão ser desprovido de um fato material concreto, uma prova concreta, de não ter pelo menos uma pessoa para dizer que foi abusada sexualmente? E é tão frágil estas acusações que a Arquidiocese não encaminhou os autos para o Ministério Público, o que é dever legal a ser feito quando autoridades civis se deparam com crimes de tamanha gravidade.

Este processo mostra-se mais como um instrumento de perseguição pessoal, utilizado contra um dos melhores padres dessa cidade. Não é novidade para nós que bons padres sempre foram perseguidos dentro da igreja, muitas vezes motivados pela simples inveja clerical, daqueles que não aceitam um sacerdote se sobressair dentre os seus pares. Foi informado para nós que o Arcebispo de Goiânia desde o ano de 2005, sem nenhum motivo fundado, tem pedido para o Pe. Cletus pedir transferência para outra diocese. Neste mesmo ano o Arcebispo ordenou que o Pe. Cletus retirasse das livrarias todos os seus livros, o que é mais uma evidência de mera perseguição pessoal.

Mais do que isso, o Arcebispo não deixa ninguém ter acesso ao processo, foi um procedimento feito totalmente de forma obscura, não se sabe que rito seguiu, não foi permitido ao padre que se defendesse por meio de um advogado. Dentre tantas aberrações ocorridas nesse processo, foi-nos informado que o Arcebispo requereu ao Pe. Cletus que este se encontrasse com um psicólogo, e num curto espaço de 3 horas de conversa, o tal psicólogo diagnosticou o padre como um homem totalmente desiquilibrado e indigno ao exercício do sacerdócio. Como seria possível chegar a uma conclusão tão grave como essa em apenas 3 horas de conversa, em relação a um padre que está na arquidiocese há praticamente 20 anos e sempre foi referência de um exímio sacerdote? Por esses e outros motivos temos dúvidas fundadas a respeito da seriedade desse processo que quer aplicar uma pena máxima num caso onde a fragilidade é evidente.

Queremos pedir a Santa Sé que designe outro tribunal para verificar este julgamento, e averiguar profundamente o que consta nesse processo, e se ele seguiu as regras canônicas e se existe fundamento em seu mérito, pois, da maneira como está, parece-nos algo totalmente arbitrário e contrário ao direito canônico e sem fundamento nenhum no seu mérito.

Sem mais despedimo-nos rogando Vossa benção Apostólica e imploramos um olhar de misericórdia para este nosso querido padre Cletus.

Goiânia, 01 de outubro de 2019.

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