Abaixo-Assinado (#54190):

ESTRADA PARQUE JÁ

Destinatário: prefeitos, vereadores, comunidade, lideranças

EM DEFESA DA ESTRADA-PARQUE

As lideranças políticas, empresariais, religiosas, comunitárias e cooperativistas que subscrevem este manifesto apelam a todos os parlamentares do Congresso Nacional para que apoiem o Projeto de Lei 984/2019, do deputado federal Vermelho (PSD-PR), que cria a categoria de Unidade de Conservação denominada Estrada-Parque.
A proposta encerra, objetivamente, conceitos que vêm de encontro ao fomento do turismo em bases sustentáveis, em um contexto de áreas protegidas. Pouco disseminada no Brasil, a ideia inspira-se em iniciativas muito bem-sucedidas em várias partes do mundo, que favorecem a integração entre homem e natureza sem que isso implique ameaça ao meio ambiente.
Tecnicamente bem planejadas e geridas, respeitando a flora e a fauna, constituem-se em importante alternativa para o desenvolvimento do turismo ecologicamente correto, gerando emprego e desenvolvimento.
A Estrada-Parque Caminho do Colono precisa ser instituída com urgência para corrigir uma injustiça praticada contra uma população de 1,94 milhão de habitantes das regiões Oeste e Sudoeste do Paraná.
Trata-se de um caminho histórico, através do Parque Nacional do Iguaçu, que era um importante elo entre o Oeste paranaense e o sul do Brasil. Foi palmilhado por milhares de colonos gaúchos e catarinenses que migraram para a região em busca de novas oportunidades.
Com o fechamento da estrada, romperam-se, em maior ou menor grau, laços familiares, culturais e comerciais dos moradores do entorno e expulsou muitas pessoas da área rural, que foram engrossas as periferias da cidade. Entendemos que a pior política ambiental é aquela que cria a miséria.
Turistas do Oeste catarinense e do Rio Grande do Sul também utilizavam a estrada para chegar a Foz do Iguaçu. Hoje eles precisam adentrar em território argentino (onde existem duas estradas cortando o Parque Nacional Iguazú) para depois se dirigir a Foz do Iguaçu. Chega a ser paradoxal um brasileiro ter de andar em território estrangeiro para chegar a um destino turístico em seu próprio país.
Os habitantes da região sempre respeitaram, preservaram e continuam preservando o Parque Nacional do Iguaçu, sendo eles os verdadeiros guardiões da reserva. O Sudoeste, com suas pequenas e médias propriedades rurais, é modelo em agricultura familiar e orgânica, enquanto o Oeste uniu produção e preservação ambiental.
É descabido afirmar que o Parque Nacional do Iguaçu corre o risco de perder o título de Patrimônio da Humanidade se a Estrada-Parque Caminho do Colono for instituída. Quando a Unesco concedeu o título (1986), a estrada estava aberta. A Argentina não perdeu o título da Unesco pela existência de dois caminhos no Parque Iguazú. Não existe, pois, uma razão plausível e consistente que justifique a campanha contra a estrada-parque.
A Itaipu Binacional já se propôs a promover um concurso nacional ou internacional para elaborar um projeto moderno, de uma estrada ecologicamente sustentável, que possa contemplar os interesses dos moradores sem prejuízo ao meio ambiente.
As comunidades pensam em uma estrada com trechos elevados e subterrâneos, com telas de proteção nas duas margens. O tráfego deverá ser permitido apenas no período diurno, já que em geral a fauna do Parque Nacional possui hábitos noturnos. Somente será permitida a passagem de veículos de passeio e de ônibus de turismo, e a velocidade será rigidamente controlada.
São essas algumas das razões que nos movem a fazer este apelo aos legítimos representantes do povo no Congresso Nacional, dentro do propósito de abrir novas e promissoras perspectivas para o turismo e, pontualmente, no que se refere ao Oeste e Sudoeste paranaense, devolver à população ordeira e trabalhadora um direito histórico que lhe foi subtraído.

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