Abaixo-Assinado (#7300):

Manifesto Contra a Baixaria e pela Democracia

Destinatário: À sociedade brasileira

Nós, professores, servidores técnico-administrativos e estudantes da Universidade de Brasília, UnB, diante da desqualificação do debate eleitoral que escamoteia a reflexão necessária sobre as questões essenciais para o Brasil, estamos apreensivos com as ameaças de retrocessos nas conquistas alcançadas pelo Brasil nos últimos oito anos.

Historicamente, a UnB tem sido referência na luta pela democracia e a liberdade do povo brasileiro, nascida do ideário de construção de uma nação soberana, desenvolvida, justa e solidária. Por este motivo, entendemos ser nosso dever nos posicionarmos publicamente.

Não esquecemos dos anos FHC. Privatização da Vale do Rio Doce, o escândalo das propinas na privatização da Telebrás, privatização do ensino superior, o escândalo do Projeto Sivam, a farra do Proer – dinheiro público para os bancos privados. Criminalização dos movimentos sociais: arapongagem, massacre de Eldorado dos Carajás, repressão aos petroleiros. O caos financeiro do fim dos anos 90: explosão do risco Brasil e da dívida pública, taxa de juros estratosférica, disparada do dólar, renda em queda e desemprego em alta. Subserviência internacional: a ingerência do FMI, explosão da dívida externa, caso Sivam e Base de Alcântara, apoio a Fujimori. Biopirataria oficial, desmatamento da Amazônia, apagão do sistema elétrico. Corrupção: compra de votos para a emenda da reeleição, os anões do orçamento, SUDENE e SUDAM, o esquema do Fundo de Amparo ao Trabalhador, o caso Marka/FonteCindam.

A opção do governo FHC pela privatização do ensino superior determinou o sucateamento das universidades federais e a permanente ameaça de sua extinção, quando já respondiam pela produção de mais de 70% das pesquisas no país (mais de 95% da produção de conhecimento no país é realizado pelas universidades federais e estaduais). Essa política colocou em risco o desenvolvimento nacional e nossa soberania. Por outro lado, o sistema privado de ensino superior se beneficiava de amplos recursos para financiamento. No início dos anos 1960, aproximadamente 60% das matrículas na educação superior eram em instituições públicas; em 2003, esse percentual caiu a menos de 30%. Sabemos o que a candidatura Serra representa o mesmo grupo que esteve à frente do Brasil neste período.

Queremos continuar com os avanços importantes na educação superior. Em 2003, o Brasil possuía 3,94 milhões de jovens na educação superior. Em 2009, esse número já foi a 6,44 milhões – 63% de aumento de matrículas. Nas universidades federais, o número de matrículas passou de 583,6 mil, em 2003, para 934,4 mil em 2009 apontando para mais de um milhão em 2010. As vagas nos cursos de graduação das universidades federais passaram de 109,2 mil, em 2003, para 222,4 mil, em 2010. Esse aumento representa um importante avanço no acesso dos jovens à educação superior pública de qualidade. Os recursos investidos na rede federal para custeio e investimento passaram de R$ 6,7 bilhões, em 2003, para R$ 19,7 bilhões em 2010 – um aumento nominal de 294% para garantir a expansão do sistema e a qualidade. Nesse mesmo período, o número de docentes nas universidades federais aumentou de 40.823 para 63.112 professores concursados. Na Universidade de Brasília, passamos de 1.318 docentes em 2003 para 2.102 em 2010 – um aumento de 60% para garantir a oferta de vagas que a sociedade demanda de nossa universidade. Além disso, o número de universidades federais passou de 45 em 2003, para 59 este ano. Passamos nesse período de 148 para 265 câmpus em funcionamento em 223 municípios brasileiros. Destacamos entre elas duas universidades de integração internacional a UNILA, com sede em Foz do Iguaçu /PR, e que atua na América Latina e a UNILAB, com sede em Redenção/CE, cuja missão é dedicar-se à cooperação solidária ente o Brasil e os países africanos. Qualitativamente, os avanços também são evidentes. O Brasil hoje ocupa a 13º posição na produção científica/acadêmica no mundo. Os resultados da última avaliação trienal da CAPES apontam para uma melhoria das avaliações dos cursos de mestrado e doutorado da ordem de 20%, comparados com o triênio anterior.

Se compararmos as vagas criadas nas universidades federais do governo anterior com as vagas criadas de 2003 a 2010, o operário Lula abriu 200% mais vagas novas em universidades federais que o intelectual FHC. Nossas instituições são essenciais para um projeto de nação desenvolvida, independente e soberana. Não há exemplo de pais desenvolvido sem universidade desenvolvida.

Queremos que a educação, a cultura, a saúde, a sustentabilidade, a erradicação da miséria e a desigualdade social sejam prioridades. Queremos continuar com o desenvolvimento econômico e os avanços sociais construídos nos últimos oito anos. Queremos o fim da miséria e melhor distribuição de renda. Queremos mais empregos e mais renda para todos. Queremos mais bolsa família, mais saúde, mais moradias, mais segurança. Queremos consolidar o estado republicano. Queremos mais respeito ao Brasil. Um país que preserve sua dignidade reconquistada.

Entendemos que essas são condições essenciais para que seja possível atender às necessidades básicas do povo, fortalecer a cidadania, assegurar a cada brasileiro seus direitos fundamentais. Entendemos que, muito mais que uma candidatura, o que está em risco é o que foi conquistado com o esforço de tantos brasileiros.
Em defesa do Brasil e contra Serra votamos Dilma Presidente! VOTE 13!

Movimento UnB pelo Brasil contra a ameaça Serra

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