Abaixo-Assinado (#2084):

Por melhorias na Orquestra Sinfônica do Paraná

Destinatário: Secretaria de Estado do Paraná

Nos últimos anos, o público interessado em música erudita não tem contado com a devida atenção pela Secretaria de Estado da Cultura, sobretudo no que se refere à Orquestra Sinfônica do Paraná. A programação tem sido instável, com concertos anunciados com pouca antecedência, sem a devida publicidade, e freqüentes cancelamentos, que resultam em meses com um ou mesmo nenhum concerto. Essa situação prejudica o público tanto pela quantidade de apresentações, que acaba por ser muito menor do que deveria, a se considerar a verba fixa despendida para a manutenção de uma orquestra pública, quanto pela qualidade, já que os cancelamentos freqüentes e a falta de uma programação de boa qualidade anunciada com antecedência levam os músicos a perder o interesse e o incentivo para se aprimorarem, por perceberem que seus esforços não condizem com os resultados. Um descaso com a orquestra, um desperdício do dinheiro do contribuinte e, acima de tudo, um desserviço à cultura de Curitiba e do Paraná.

Seria de se esperar que a Orquestra Sinfônica do Paraná tivesse suas temporadas anuais fechadas e divulgadas com antecedência, como acontece nas melhores orquestras do país, como na Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, na Orquestra Sinfônica Brasileira, ou na Orquestra Petrobrás Sinfônica, de preferência com um sistema de assinaturas, o que reforçaria o compromisso com o público. Isso também permitiria uma programação mais arrojada, que, englobasse a produção contemporânea e a brasileira, e que contasse com regentes e solistas renomados.

Gostaríamos de contar com a sua adesão nesta reivindicação por melhorias na Orquestra, enfatizando a necessidade de termos temporadas anuais fechadas e anunciadas, no mais tardar, no início do ano, bem como a atenção necessária por parte da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, fornecendo verbas e uma gestão adequada à Orquestra, a exemplo do que já acontece no Museu Oscar Niemeyer.