Abaixo-Assinado (#31677):

REAJUSTE DA ANUIDADE PARA O ANO LETIVO DE 2016 DA ESCOLA MOBILE

Destinatário: Escola Mobile

São Paulo, 23 de outubro de 2015.

À direção da Escola Móbile.
Prezados diretores,
Após um longo diálogo entre pais e mães de alunos dos mais diversos anos nos sentimos estimulados a escrever esta carta coletiva. Em nossas conversas buscamos ouvir e entender todas as visões e identificamos neste grupo plural um sentimento comum e legítimo.
Escolhemos a Móbile como a escola dos nossos filhos. Esta escolha vai muito além de um contrato formal entre contratadas e contratantes. Firmamos um contrato emocional que é parte de um amplo projeto de vida. Uma escola é mais do que um negócio. Pais e alunos são mais do que clientes. Tecemos juntos relações para a “formação de indivíduos autônomos, ativos e flexíveis, capazes de contribuir para a construção de uma sociedade democrática e justa”, como está registrado no site da Escola Móbile.
Ao longo dos anos acompanhamos o crescimento da escola e sua evolução: infraestrutura, corpo docente, projeto pedagógico, consistentes resultados no ENEM, ampliação, aumento da procura e da reputação. Acreditamos neste projeto e investimos nele anualmente, suportando aumentos de mensalidades quase sempre acima dos índices institucionais porque acreditamos no retorno para o futuro dos nossos filhos.

Neste ano, diferente dos anos anteriores, o texto do email que recebemos - O cálculo da anuidade de 2016 levou em consideração o aumento do custo dos insumos educacionais, bem como outros ajustes necessários para o equilíbrio econômico-financeiro da Escola – ressoou diferente. Ao nosso redor tudo parece estar em desequilíbrio. Desequilíbrio político, financeiro, coletivo, individual. Muitas pessoas estão perdendo seus empregos, muitos negócios estão encolhendo, muitos planos estão sendo postergados ou cancelados.O cenário está em plena transformação.

Por tudo isto e, mais uma vez, inspirados pelo posicionamento da Móbile que incentiva seus alunos a “conhecer suas capacidades e as do outro, a tolerar a diversidade, a defender seus direitos sem perder de vista o interesse coletivo, a serem críticos em relação à legitimidade das regras, a persistir, a cooperar, a perceber o que os outros pensam e sentem.”, nos sentimos estimulados a expressar um desejo comum e pedir a revisão do aumento proposto para 2016.

Apoiados pela Lei Nº 9.870 e pelo Decreto Nº 3.274, ambos de 1999, gostaríamos que a Escola convocasse uma reunião ainda em outubro para que pudéssemos conversar de forma aberta sobre estas questões, buscar alternativas, propor novos caminhos.

Acreditamos que este é um momento de desequilíbrio geral. Proprietários e inquilinos, patrões e empregados, fornecedores e clientes parecem estar mais abertos a renegociações a favor da sustentabilidade do todo.

Aguardamos a avaliação de vocês e reforçamos nossa intenção de manter esta parceria por um futuro comum e mais positivo.



Obs.: Temos em mãos uma tabela com os ajustes aplicados no período de 2009 a 2016 como registro para nossa reunião.


Atenciosamente,
pais e mães.