Abaixo-Assinado (#31873):

CARTA ABERTA DE APOIO E SOLIDARIEDADE AO PROFESSOR DOUTOR NILTON DE ALMEIDA – INTEGRANTE DO COLEGIADO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DE SÃO FRANCISCO - UNIVASF

Destinatário: janarosado@gmail.com; profmarcospessoa@gmail.com

Nós pedimos com insistência:
Não digam nunca: isso é natural!
Diante dos acontecimentos de cada dia,
Numa época em que reina a confusão,
Em que corre o sangue,
Em que se ordena a desordem.
Em que o arbitrário tem força de lei e
Em que a humanidade se desumaniza,
Não digam nunca: isso é natural!
(BRECHT, 1956)

Nós, professores e professoras da Universidade do Estado da Bahia – UNEB escritos e inscritos suas nomeações neste documento vêm a público repudiar veementemente os atos de violência racista dos Policiais Militares da Bahia, na cidade de Juazeiro, praticados contra o professor da UNIVASF e militante do Movimento Negro, NILTON DE ALMEIDA ARAÚJO, na manhã de sábado, dia 28/11/2015, no bairro Alto do Cruzeiro. Na ocasião o referido professor durante uma blitz próximo a sua residência, foi revistado, tratado com truculência, violentado fisicamente, moralmente e psicologicamente.
A violência ainda institucionalizada no Brasil encontra-se expressa na leitura que fazemos hoje da contemporaneidade, se acirra nas relações que se tecem e se engendram nos espaços vitais da sociedade e emerge na Policia Militar da Bahia. O Professor Nilton de Almeida Araújo pertence a classe trabalhadora em que muitos homens e mulheres violentados por serem negros e negras, sofrem o perverso preconceito e discriminação e nos convidam a assumirmos posições radicalmente contra essas práticas excludentes e a favor do respeito à pluralidade, à diversidade, de repúdio ao racismo e da punição irrevogável aos racistas.
Assim posto, nos solidarizamos com o Professor, ao tempo em que a nossa escritura autentica a admiração e respeito ao sujeito, cidadão negro, sindicalista, professor doutor que luta na universidade pela construção do conhecimento, no campo do afeto se encanta com o reencontro do humano, na relação internacional apregoa a não barbárie e qualquer movimento de segregação e excludência.
Faz-se preciso repetir a fala do poeta: Não digam nunca: isso é natural!

Salvador, 01 de dezembro de 2015.

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