Abaixo-Assinado (#32893):

DIGA NÃO ÀS MUNIÇÕES CLUSTER

Destinatário: secretaria@humanrights.org.br

As munições cluster são armas compostas por uma caixa que se abre no ar e espalha inúmeras submunições explosivas ou “pequenas bombas” sobre uma ampla área, aproximadamente do tamanho de um campo de futebol. Dependendo do modelo, o número de submunições pode variar de várias dezenas a mais de 600. As munições cluster podem ser lançadas via aeronaves, artilharia e mísseis.

Além dessa desumanidade por atingir na maioria a população civil, a maior parte das submunições deveria explodir no momento do impacto, mas as estatísticas recentes mostram que um grande número de submunições falha e não explode como deveria no momento do impacto (de 10 a 40%). O uso em larga escala dessas armas resultou em regiões e países infestados com dezenas de milhares, às vezes milhões, de submunições não detonadas e altamente instáveis.

As submunições não detonadas quase sempre explodem quando pisadas ou manuseadas representando um grave perigo aos civis. A presença dessas armas representa uma ameaça aos civis deslocados que retornam para seus lares, impede as ações de socorro e reconstrução e fazem com que atividades vitais para a subsistência, como a agricultura, se tornem perigosas mesmo anos ou décadas após o fim dos conflito.

As Nações Unidas, preocupada com esta situação elaborou a Convenção sobre Munições Cluster em 2008, proibindo o seu uso e fabricação, mas nem todos os países aderiram à Convenção, entre eles o Brasil, que coincidentemente possui duas indústrias bélicas funcionando na Região Sul produzindo esse armamento.

Com o iminente impeachment da Presidente Dilma Roussef e a saída do Partido dos Trabalhadores do Poder, o Human Rights Brazilian Office dará início à campanha “DIGA NÃO ÀS MUNIÇÕES CLUSTER”. Participe você também e faça com que o nosso Governo não rasgue nossa Constituição, descumprindo os princípios fundamentais estabelecidos que regem nosso País nas relações internacionais: a prevalência dos direitos humanos e a defesa da paz.