Abaixo-Assinado (#37253):

Mudança de horário para os colégios

Destinatário: Ministério da Educação

Especialistas afirmam que começar as atividades escolares logo nas primeiras horas do dia prejudica a qualidade do sono e o aprendizado.
Segundo o documento, apenas uma em cada seis escolas americanas de Ensino Fundamental e Médio começa as aulas às 8h30min ou depois, horário recomendado pela Academia Americana de Pediatria. Pelo menos dois terços dos adolescentes não dormem a quantidade de horas – nove – considerada o suficiente. No Brasil, a situação é parecida. As aulas geralmente se iniciam próximo das 7h30min e há relatos de problemas com o sono.
– É uma dificuldade que enfrentamos aqui também. Os horários, como estão organizados hoje, não permitem aos estudantes dormirem o que precisam de verdade. Não é apenas porque eles não querem dormir mais cedo. Tem uma tendência biológica envolvida – afirma Fernando Louzada, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e especialista na ciência do sono e suas relações com a aprendizagem e o desempenho escolar.
Sono torna as memórias mais acessíveis, indica estudo
Um levantamento do Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente, realizado em parceria com o Instituto Sou +Jovem, mostrou que 43% dos entrevistados brasileiros, com idades entre 14 e 18 anos, dormem de três a cinco horas por noite. O pouco tempo de descanso poderia levar ao baixo rendimento escolar, ao excesso de peso, a alterações de humor, à intensificação da hiperatividade, à dificuldade de concentração e fixação do conteúdo e a comportamentos de risco, como uso de drogas e álcool.
No Brasil, tema é negligenciado
Para o pediatra Gustavo Moreira, pesquisador do Instituto do Sono, de São Paulo, não é novidade que o formato atual tem efeitos prejudiciais para crianças e adolescentes. A comunidade científica estuda o assunto há pelo menos duas décadas e já chegou a conclusões sobre o tema.
– Há várias pesquisas que mostram que atrasar os horários melhora o desempenho escolar. Isso já é sabido, não é de agora. Mas esses estudos acabam tendo mais ênfase fora do país. Uma mudança envolveria uma estratégia ampla, e há dificuldades – ressalta Moreira.

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