Abaixo-Assinado (#40898):

Todas as vidas importam!

Destinatário: liane@conib.org.br

Toda vida importa.

O Holocausto (30 de jan de 1933 – 8 de mai de 1945) foi o genocídio judaico, quando morreram mais de 6 milhões de judeus da Europa. Em Auschwitz, um dos campos de extermínio mais conhecidos, também morreram outras minorias no mesmo período: negros, homossexuais, ciganos, deficientes, comunistas...

Hoje em dia os números mais aceitos são em torno de 1,3 milhão, sendo 90% deles de judeus. Outros deportados para Auschwitz e executados foram 150 mil poloneses, 23 mil ciganos romenos, 15 mil prisioneiros de guerra soviéticos, cerca de 400 Testemunhas de Jeová e dezenas de milhares de pessoas de diversas nacionalidade. Aqueles que não eram executados nas câmaras de gás morriam de fome, doenças infecciosas, trabalhos forçados, execuções individuais ou experiências médicas. Por isso, em 2002 a UNESCO declarou oficialmente as ruínas de Auschwitz-Birkenau como Patrimônio da Humanidade.

Consideramos respeitosa e oportuna a homenagem da professora Carla Habif, que esteve em Auschwitz recentemente, para a nossa amiga e lutadora Marielle Franco, que morreu por denunciar o genocídio de negros e pobres nas favelas do Rio de Janeiro, também neste ano!

Apoiamos a atitude da estudiosa do tema da Shoá de registrar seu sentimento contra o racismo ainda existente no Brasil, em local permitido, tendo sido a foto divulgada por iniciativas do Museu do Holocausto de Curitiba e do ativista judeu do PSOL Guilherme Cohen, nos link a seguir: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10160430021740171&set=a.10150666354555171.693925.652465170&type=3
https://www.facebook.com/photo.php?bid=2158833314132709&set=a.789129011103153.1073741825.100000181834746&type=3.

Respeitamos o sentimento dos que sobreviveram, seus descendentes, dos que perderam parentes no Holocausto e demais pessoas que não são indiferentes diante da história do horror nazista. Ainda assim, temos que repudiar a tentativa injusta e descabida de impedir o exercício de liberdade de expressão por parte daqueles que enxergam relação entre o homicídio da vereadora Marielle Franco (1979-2018) e o que representa Auschwitz hoje: a luta solidária por direitos humanos para todos e contra os preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.