Abaixo-Assinado (#4286):

Apoio a Greve dos residentes de Ortopedia e Traumatologia do HGV

Destinatário: caldasleal@yahoo.com.br



Solicitamos a assinatura de todos aqueles que acreditam que a nossa causa é justa e que apoiam a luta por uma medicina mais digna e humana.

Às Autoridades Responsáveis

Os médicos residentes de Traumatologia e Ortopedia do Hospital Getúlio Vargas – Pernambuco, vem, por meio desta, manifestar a insatisfação diante das condições de trabalho e a que os pacientes são submetidos no Serviço.
A sala de recuperação, localizada dentro do bloco cirúrgico, cuja função é manter os pacientes para recuperação anestésica após cirurgias e, posteriormente, direcioná-los à enfermaria, conta com 23 leitos. A atual situação é a presença de 23 leitos permanentes mais 41 macas entre o corredor e as salas de cirurgias eletivas e o das salas de cirurgias de emergência. Estes pacientes se alimentam dentro do bloco cirúrgico e os 64 doentes dividem o mesmo banheiro (único para homens e mulheres). Pacientes infectados são mantidos lado a lado de pacientes não infectados, mantendo contato direto. Existe um risco aumentado de infecção nas cirurgias realizadas devido à impossibilidade de manter o ambiente de cirurgias asséptico.
O número elevado de pacientes aguardando vaga nas enfermarias (pacientes provindos da sala de recuperação e das macas nos corredores da emergência – situação crônica e bem conhecida nos hospitais pernambucanos) compromete o internamento e a realização de cirurgias eletivas ortopédicas, comprometendo o Programa de Residência Médica de Traumatologia e Ortopedia deste serviço que forma a cada ano oito novos traumato ortopedistas para o estado de Pernambuco.
Ainda devido à superlotação desta Unidade inúmeras cirurgias de segundo tempo, por fraturas ou lesões complexas, acabam sendo proteladas por até 60 dias, consecutindo em sequelas e deformidades permanentes e irreparáveis nos pacientes.
Pelos motivos supracitados, os médicos residentes de Traumatologia e Ortopedia do Hospital Getúlio Vargas decidem pela paralisação de suas atividades por tempo indeterminado, a partir de 08/05/2009m até a resolução da situação exposta. Solicitamos intervenção do Estado e da Vigilância Sanitária de Pernambuco.
Vale ressaltar que em 2008 foi realizada uma paralisação (por 48 horas) dos médicos residentes do serviço e enviada carta às autoridades responsáveis solicitando as mesmas resoluções. Estes médicos retornaram às suas atividades aguardando por melhoras após acordo entre os médicos de Pernambuco e o Estado. É com repúdio e indignação que estes futuros profissionais especializados se negam a continuar submetendo os pacientes às atuais condições deploráveis a que eles são expostos diariamente.

Recife, 06 de maio de 2009
Médicos Residentes da especialidade de Traumatologia e Ortopedia do Hospital Getúlio Vargas - Pernambuco

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