Abaixo-Assinado (#44709):

Bonificação regional UEFS SISU 2019.2

Destinatário: Coordenação de Seleção e Admissão - PROGRAD - UEFS

Nós, estudantes pré-vestibulandos da região de Feira de Santana e cidades circunvizinhas, abaixo-assinados, solicitamos que UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA (UEFS) considere para o SISU 2019.2 a possibilidade de regionalizar as vagas do curso de medicina através de uma cota de bonificação aos estudantes residentes na cidade, que estudaram todo ensino médio e parte do ensino fundamental em um raio de 200km do município de Feira de Santana. Tal providência foi tomada pela UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE BAIANO (UFOB), exemplo que seguimos para formular esta petição.

Tal pedido é consequência da desregionalização recorrente da medicina no interior da Bahia e o caráter formador de profissionais atuantes na região do recôncavo e agreste baiano. Regionalizar a medicina é uma missão de universidades referenciadas e comprometidas como a UEFS.

Hoje, de acordo com a CREMEB, há no interior da Bahia cerca de 0,8 médicos a cada 1000 habitantes. Esse número é significativamente inferior ao indicado pela OMS como o parâmetro ideal (1,0 médico por habitante). Ademais, deve-se considerar que o interior da Bahia conta com um grupo de cinco cidades que costumam atender os habitantes de Feira de Santana, Vitória da Conquista, Jequié, Itabuna e Porto Seguro. Cidades estas que pelos problemas estruturais das estradas, tanto quanto os fatores socioculturais e socioeconômicos não podem atender todas as cidades circunvizinhas, o que agrava ainda mais a situação dos pacientes, visto o distanciamento dos cidadãos dos campos às clínicas médicas.

Nesse contexto, deve-se compreender que naturalmente os médicos que vieram de outros estados tendem a retornar para suas devidas regiões após a formação regular do ensino superior.
Os dados empíricos conotam um "esvaziamento" das regiões interioranas, já que temos uma recusa de 15% daqueles que são convocados por concursos públicos para atuarem nos interiores.

Atentando-se à função social que a universidade pública possui hoje, é essencial que abram-se os olhos perante o caos que está a infraestrutura da saúde interiorana da Bahia. A universidade deve se atentar aos impactos que a educação pública pode exercer na construção de um caráter democrático da saúde, levando sempre em conta o retorno de seus trabalhos para a comunidade regional.

Ante o exposto, objetivando sua plena procedência nos termos legais, pugnamos pela cotas regionais, pelo que encaminhamos o presente abaixo assinado, que depois de lido e achado conforme vai por todos assinado.

PEDE DEFERIMENTO.

Fontes:
http://www.cremeb.org.br/index.php/noticias/bahia-tem-135-medico-por-mil-habitantes-ou-seja-38-a-menos-do-que-a-media-nacional/
https://oglobo.globo.com/brasil/medicos-recusam-empregos-oferecidos-por-prefeituras-estados-18443465
http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2013/07/faltam-medicos-em-cidades-do-interior-da-bahia.html
Feira de Santana, 29 de janeiro de 2019

João Lucas de Magalhães Leal Moreira, CPF: 07059974563, brasileiro nato.
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