Abaixo-Assinado (#48209):

Reivindicação sobre o novo modelo de Prova Eixo

Destinatário: ESAMC

Nós, alunos de diversas unidades da instituição, estamos extremamente insatisfeitos com as alterações realizadas pela ESAMC. Até então, as provas eixos, que eram aplicadas como Prova 2 (P2) ao fim de cada módulo, compunham 40% da nota e eram aplicadas pelo professor da disciplina, através dos computadores da faculdade. A prova era composta por dez perguntas aleatórias disponibilizadas pela plataforma da instituição e nós tínhamos duas chances para realizá-la.
Todavia, há cerca de um semestre, a instituição alterou completamente a avaliação, sendo que essa alteração atinge tanto os calouros quanto os veteranos. A partir de então, a prova está sendo realizada em sala de aula. Descrevo-a abaixo:
• Composta por 40 (quarenta) questões, sendo 35 (trinta e cinco) objetivas e 5 (cinco) dissertativas;
• Compõe 50% da nota;
• É elaborada pela matriz da Instituição;
• Veda-se qualquer tipo de consulta;
• O tempo para realização é o período da aula;
• Não há transparência sobre o conteúdo que vai cair.
• É aplicado por um docente de outra disciplina ou curso.
A instituição está ciente do alto nível de reprovação que ocorreu devido a esse novo método. A ESAMC Santos, através do coordenador de curso de Direito informou que foi feito um relatório sobre as reprovações, mas não obtiveram resposta. A justificativa informada pela instituição é aprimorar e formar os melhores e que tivéssemos melhor aprovação no ENADE. Data vênia, não é lógica a aplicação desta prova para a obtenção de melhores resultados no ENADE. O que na prática acontece é que turmas, que prestarão o ENADE ou não, são submetidos a uma prova que nada ensina, muitas vezes distante da matéria que tivemos ao longo dos semestres e que o único resultado efetivo é a reprovação. Existem maneiras melhores de alcançar tal objetivo, à exemplo, a aplicação de vários simulados de provas ENADE com correções em grupo como a instituição já faz em relação à OAB na disciplina de Preparação de Carreiras Jurídicas e Mercado, ou até mesmo aulas de reforço.
O novo modelo de prova eixo é desarrazoado e injusto por outros motivos além dos apresentados: os professores não seguem o cronograma da instituição e falam abertamente sobre isso. Existe o cronograma da ESAMC disponibilizados na plataforma, todavia, os docentes disponibilizam o próprio material e seguem o cronograma que se sentem mais confortáveis. Não é aplicado em nenhuma disciplina prova com quarenta questões, o modelo desta prova eixo é diferente de qualquer um aplicado anteriormente. O usual nesta instituição são provas de dez a vinte questões, com poucas exceções para menos questões, como cinco ou três questões dissertativas com alta complexidade. Ademais, não ter consulta, para os estudantes de Direito, por exemplo, não faz muito sentido, haja vista que a própria prova da OAB é feita com consulta à lei seca. Quanto ao tempo de realização, consideramos curto, tendo em vista o nível de dificuldade que a prova demanda (quantidade de cálculos ou textos, extensão da prova) e quem volta da faculdade de fretado possui tempo ainda menor. Ainda que concursos públicos possuam mais ou menos o mesmo tempo que esta prova, há editais com o exato conteúdo que será pedido na prova e, neste caso, não há transparência sobre o que cairá na prova. A única informação é que seria “toda ou qualquer das matérias de todos os semestres da disciplina”, também não temos acesso a nenhum tipo de modelo de prova anterior para nos prepararmos. Os docentes não se arriscam a comentar sobre o conteúdo da prova e justificam dizendo que não possuem acesso às provas antes da aplicação, que a correção é feita pelo gabarito da própria instituição, até mesmo as questões dissertativas. Se a ideia é apenas avaliar se os alunos aprenderam ao longo do semestre o ideal seria as provas serem feitas por quem lecionou as aulas. Se a ideia é avaliar os professores, continua ilógico, pois só os alunos sofrem a punição de tempo e dinheiro para fazer novamente o semestre, enquanto o professor apenas conversa com seus superiores. Em qualquer das justificativas imagináveis a prova eixo nos moldes atuais se torna injusta e ilógica. Nós, em toda a situação, continuamos como parte hipossuficiente, mesmo sendo os pagadores e mantenedores desta instituição. Devemos ser tratados com mais respeito. Temos direito à transparência e ao diálogo, enquanto a instituição possui o dever de nos ouvir. Por isso, redigimos este abaixo-assinado pelos alunos da ESAMC pleiteando mudanças nos moldes atuais da prova eixo, sendo elas:
• A diminuição de questões para no máximo 20 questões objetivas;
• Edital de prova com suas regras e matérias que cairão na mesma;
• Modelo equivalente da prova para fins de preparação;
• Consulta à lei seca nas devidas disciplinas que assim exigem;
• Permissão do uso de calculadora nas devidas disciplinas que assim exigem;
• Entrega das notas e devolução das provas dentro de um período razoável para que seja possível a contestação ou impugnação de possíveis questões má elaboradas.

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