Abaixo-Assinado (#50901):

Manifesto guia de Distanciamento Controlado Covid 19 Setor Audiovisual RS

Destinatário: APTC-RS e SINDICATO DA INDÚSTRIA AUDIOVISUAL RS

Hora de dar voz

Queridos técnicos e representantes das entidades ativas que possuímos aqui no Rio Grande do Sul. Esse texto é de colega para colega, gerado através de discussões que vem acontecendo no grupo informal APPC ao qual vocês tem conhecimento e até já fizeram parte por algum período. Todos sabemos que a situação de vida atual está difícil, quase impraticável. Além do isolamento que por si só é um fator que modifica a rotina e o emocional das pessoas, vivemos uma situação econômica que cada vez piora, os boletos vencem, a comida vai diminuindo e as dívidas aumentando.
Diante disso e da realidade em outros estados onde a taxa de mortalidade é maior e os documentos que regulamentam as atividades possuem uma certa flexibilização quando as filmagens, optou-se a escrever um manifesto coletivo como forma de buscar auxílio e ajuda.
Sabemos da dedicação de todos vocês para construção de um protocolo seguro e sabemos que isso reuniu esforço de técnicos de todas as áreas que estão ligados as entidades responsáveis de alguma forma e, como já foi dito, buscou-se a urgência possível para geração deste documento para que – principalmente – os técnicos do audiovisual que são mais ligados a publicidade pudessem trabalhar.
Acontece que no momento atual – esses mesmos técnicos que tiveram diversas experiências em sets realizados de forma presencial com bandeira laranja ou, seguem tendo em cidades aonde a bandeira segue nesta tangente – necessitam abrir um diálogo sobre nosso protocolo vigente.
No grupo já mencionado muito se debate – quase que diariamente – sobre cuidados e todos, TODOS sem exceção possuem total consciência sobre responsabilidades (afinal corremos mais riscos talvez indo a um supermercado do que frequentando um set) e, ao mesmo tempo vemos trabalhos deixando o estado e partindo para locais vizinhos aonde o protocolo aplicado é mais flexível e os números de infectados quase se assemelham ou, no caso de São Paulo onde os sets estão acontecendo é infinitamente maior. Nesse sentido, surgiu a ideia de escrever esse texto a vocês como forma de abrir um diálogo e fazer, também, um pedido de ajuda.
Nosso mercado sempre foi um pólo que atraiu produções e isso vai além dos custos, pois muitos vem para cá pela qualidade dos técnicos (tanta qualidade que muitos migram daqui e fazem escola em outros estados) e esse fechamento por conta das nossas medidas que são até mais rigorosas que o Protocolo aplicado em São Paulo, por exemplo, pode não refletir apenas nesse momento de crise mas no futuro, já que fechamos as portas e as produções migrarão para outros locais como um dia migraram para cá.
Nesse sentido, por todas as questões apontadas, gostaríamos de entender a possibilidade de abrir um diálogo e pontuar questões no Protocolo do Audiovisual Gaúcho, não no intuito de derrubá-lo e, sim, de adapta-lo em algumas questões visto a comparação com outros documentos e, também, a vivência positiva de mercado que tivemos enquanto pudemos rodar com uma amplitude maior de equipe presencial.
Tivemos alguns sets no estado e até hoje não temos nenhum caso de corona vírus contraído durante os sets. Já tivemos aplicação de testes em equipes, já tivemos sistemas com controle de pessoas e existem sempre medidas de segurança sendo renovadas a cada experiência, em um momento único aonde consegue-se reunir mais de 200 técnicos em um grupo que gera discussões, sim, mas que sempre busca uma cooperação mútua e diálogos / aprendizados constantes. Temos a sugestão de reunir técnicos do grupo de todas as áreas e que tiveram a experiência de sets para abrir um diálogo e pontuar as mudanças nesse organismo vivo que é um protocolo, para que nosso mercado não feche as portas e para que todos que dependem quase que exclusivamente do audiovisual continuem a sustentar suas casas.
Mais uma vez agradecemos o esforço de todos vocês na construção do texto vigente e esperamos que esse manifesto não seja visto como uma crítica ao documento e sim um pedido de auxílio para que o mesmo possa ser modificado / revisado – como constantemente acontece nos textos estaduais e municipais – atendendo as necessidades mercadológicas que refletem no financeiro de muitas famílias. Acreditamos que essa conversa seja mais saudável e mais coerente no quesito cuidado / medidas de precaução do que sets acontecendo de uma forma quase que “ilegal” pois precisa-se trabalhar.

Muito Obrigado

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