Abaixo-Assinado (#58630):

Contra o ancionato feminino na IASD

Destinatário: diegoandersonms@gmail.com

Reconhecemos a instituição adventista como parte do plano de Deus para levar a verdade ao mundo. No entanto, entendemos que a Igreja não é inerrante, e no sentido doutrinário, nossa regra de fé (como cristãos) é e sempre será a Bíblia.

Ressaltamos que não temos nenhuma desaprovação pessoal às mulheres de nossa igreja, pelo contrário, reconhecemos e valorizamos o importante trabalho e esforço que todas elas têm demonstrado pela nossa igreja, e sem as quais, não seríamos o que somos hoje.

No ententanto, no que diz respeito ao ancionato, assim como ao pastorado feminino, somos contrários, pelos motivos que se seguem:

Quando a Bíblia fala sobre os cargos de liderança na igreja cristã (bispos, diáconos e presbíteros), ela sempre ressalta que é necessário que sejam "maridos de uma só mulher" e "governem bem" a sua família (apontando para a liderança masculina):
"É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito"
1Timóteo 3:2‭-‬4 ARA
https://bible.com/bible/1608/1ti.3.2-4.ARA

"O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa."
1Timóteo 3:12 ARA
https://bible.com/bible/1608/1ti.3.12.ARA

A estrutura em que o homem exerce o papel de líder espiritual (bispo, presbítero, pastor, ancião) é um reflexo da estrutura do casamento e dos diferentes papéis atribuídos por Deus ao homem e à mulher.
"As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo. Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido."
Efésios 5:22‭-‬24 ARA
https://bible.com/bible/1608/eph.5.22-24.ARA

Historicamente, durante muitos séculos o cristianismo sempre defendeu essas mesmas ideias. Até o ano de 1850 nenhuma pastora havia sido ordenada em toda a história do cristianismo. Curiosamente, a primeiro registro de aceitação do ministério pastoral feminino acontece apenas dois anos após a primeira importante reunião feminista, em 1848. Portanto, a motivação para essa mudança parece ter sido de ordem cultural, e não teológica.

Não reconhecemos a suposta necessidade de representatividade (com base em estatísticas) como um argumento bíblico. Isso parece mais uma tentativa de atender a uma demanda de uma determinada cultura mundana que, por ser materialista (nega a existência de Deus), não reconhece o princípio bíblico de que Deus criou homem e mulher com papéis e funções diferentes, ressaltando-se o papel preponderante de criação dos filhos para a mulher e o de liderança da família para o homem. Entendemos também que essa visão é inaceitável para essa cultura, pois ela entende a diferenciação bíblica dos papéis de homem e mulher, incluindo a liderança masculina na família e em outras instituições, como relações de opressão. Nós, como cristãos, não podemos entender o plano bíblico de Deus para a sociedade como opressivo.

Com base nos argumentos citados, solicitamos uma reunião administrativa com a igreja, para que haja a devida discussão sobre o assunto.