Abaixo-Assinado (#59856):

Revisão do frete pago pela JBS Friboi às transportadoras contratadas

Destinatário: JBS Friboi - CD Anhanguera

À
JBS Friboi - DSP Anhanguera
Diretoria de Logística

Sr. Danilo Peliser Vacca
Sr. Elder Bonhemberger

Nós, abaixo-assinados, representantes das transportadoras contratadas por essa empresa para efetuar transporte e entrega de mercadorias aos seus clientes, vimos requerer que

sejam revistos, revisados e reajustados os valores pagos pelos fretes de todos os veículos alocados na operação, sejam eles na modalidade dedicada ou spot

pelos seguintes motivos:
1. o reajuste aplicado sobre os valores dos fretes nos últimos anos foi muito aquém dos aumentos dos preços dos produtos e serviços que envolvem as necessidades da operação, tendo, inclusive, sido reduzidos;
2. os custos operacionais estão exorbitantes, acarretando retorno econômico extremamente baixo e, a depender do veículo, até mesmo negativo;
3. os gastos para manter os veículos em ordem e em pleno funcionamento e com mão de obra qualificada tem sofrido aumento considerável, incompatível com os reajustes aplicados;
4. os custos com pernoites, em que não há reembolso de despesas como quilometragem e pedágios ou hospedagem e refeições do motorista e do ajudante (principalmente em cidades turísticas ou em épocas festivas), onera em muito as viagens em que é definida esta condição;
5. as definições de continuação, quando em viagens iniciadas em que parte das entregas é realizada, representam penalidade descabida e desproporcional que imputam à transportadora assumir sozinha com custos com combustível, pedágios e mão de obra, embora, ainda que minimamente, alguns dos clientes tenham sido atendidos;
6. a transportadora precisa ter recursos próprios para arcar com a responsabilidade do pagamento de descargas pagas, cujo reembolso ocorre em data muito posterior e sob sujeição de taxa de antecipação, diminuindo o poder econômico da transportadora em virtude de tais despesas, alheias à operação interna da empresa;
7. os pedágios oriundos de reentregas a transportadora a manter saldo sobressalente nas tags (via recarga com pagamento à vista – já que não podem ficar com saldo negativo sob o risco de a JBS deixar de creditar as viagens seguintes) e estes somente são pagos dentro do frete da viagem em questão, incidindo em pagamento de impostos e sujeito às taxas de antecipação;
8. demora excessiva no reembolso de despesas de quilometragem excedente e de pedágios não creditados e falta de tratativa e retorno a tais solicitações;
9. o atraso na liberação das notas fiscais (que, devido ao efeito em cadeia, fazem com que os motoristas cheguem tarde nos clientes), a demora nos atacados em liberar os motoristas para retorno ao CD a partir do horário da definição, o descaso dos apoios que não fornecem os RAs e as senhas antes do retorno para o CD e o congestionamento no horário de pico no guichê e na balança, produzem hora extra aos profissionais, aumentando o custo com mão de obra;
10. muitas vezes a roteirização contempla grande número de entregas em uma única viagem, algumas vezes até mesmo de cidades distintas e longínquas entre si, o que dificulta sua finalização até o horário de definição;
11. o risco de ações trabalhistas por conta da excessiva carga horária de trabalho, fator este sobre o qual a transportadora não tem qualquer ingerência, imputa à transportadora ter que arcar com a responsabilidade e o custo do pagamento de condenações;
12. nos dias de rodízio, em virtude do atraso na liberação das notas, há maior gasto com combustível e, as vezes, até com pedágios, uma vez que o motorista precisa fazer caminho diferente do roteirizado para fugir da área do minianel viário;
13. a transportadora tem arcado, ainda, com despesas decorrentes da circulação pelo Rodoanel após finalizadas as entregas, que é o meio mais rápido para chegar no CD, fator essencial para a promoção do bem-estar e da segurança aos motoristas que deverão se apresentar no CD cedo no dia seguinte;
14. a falta de processos e de organização interna da JBS quanto aos dados e documentos relativos às entregas e devoluções obriga a transportadora a montar estrutura administrativa e de controle surreal como modo a se respaldar contra descontos indevidos;
15. a premiação instituída pela JBS direcionada aos motoristas, de forma compulsória, impõe à transportadora aplicar recursos para que os profissionais alcancem o almejado prêmio uma vez que o gasto para manter o veículo em ordem e o equipamento de frio funcionando adequadamente, assim como combustível para deixar o termoquim ligado mesmo vazio são pagos exclusivamente por ela;
16. não há incentivos financeiros para as transportadoras que possam subsidiar ações internas como valorização dos motoristas, estruturação da equipe administrativa, maior acompanhamento dos motoristas durante as viagens etc.

Em razão de todo o exposto, solicitamos apreciação das planilhas de composição de custos apresentadas e o máximo de empenho para solucionar esta situação e reajustar os preços a partir de 01/12/2023, haja vista que, como de praxe, o maior volume de entregas desta operação ocorre neste mês e que, portanto, há necessidade de que o maior número possível de veículos esteja operando adequadamente e de forma plena nesta época.

São Paulo, 04 de dezembro de 2023.

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