Abaixo-Assinado (#7419):

MANIFESTO “VIXE! SOU PAULISTA, MAS NÃO SOU IDIOTA. SÃO PAULO PARA TODOS.”

Destinatário: Paulo Cesar do Lago - pclago@yahoo.com.br

MANIFESTO “VIXE! SOU PAULISTA, MAS NÃO SOU IDIOTA. SÃO PAULO PARA TODOS.”

Um movimento suprapartidário para retomar a harmonia entre os brasileiros para fazer o País continuar mudando.

Para ser lido e respondido ao som da música Paratodos, de Chico Buarque de Holanda.

Nós, paulistas, abaixo-assinados, cientes de que alguns de nossos conterrâneos, combalidos em sua auto-estima bandeirante, têm proposto uma São Paulo exclusiva para os paulistas, queremos propor este manifesto/questionário em defesa da verdadeira paulistanidade. Não se trata de uma provocação, tampouco de uma chacota, mas de um chamado à reflexão.

Cumpre-nos à guisa de reflexão, levantar as seguintes indagações:

1. Quando se fala de uma São Paulo só para paulistas, quer-se falar de:

a) uma cidade de São Paulo só para paulistanos;

b) um estado de São Paulo só para paulistas;

c) uma cidade de São Paulo só para paulistas, incluídos os de outras cidades do interior, litoral e região metropolitana.

2. Qual o rigor da naturalidade admitida?

3. Acolhe paulistas filhos de brasileiros naturais de outros estados?

4. Se sim, de quais estados?

5. Pretende incluir, paulistas filhos de estrangeiros?

6. Se sim, de quais nacionalidades?

7. Em caso de estrangeiros filhos de paulistas, qual critério será adotado, o do jus sanguinis ou o do jus soli?

8. Está-se falando de uma São Paulo só para paulistas mesmo, com DNA bandeirante, quatrocentão, de espírito pioneiro e desbravador, de raiz essencialmente caipira e rústica?

Consideradas rigorosamente estas questões e suas prováveis respostas, pode estar prejudicada – quantitativamente, para dizer o mínimo – a identidade do paulista. Subtraídas as impurezas nordestinas e sulistas, nortistas e do centro-oeste, além do resto do sudeste, deve sobrar, já, bastante espaço.

Prossigamos testando a hipótese, pois há aqui também muitos japoneses e seus descendentes perfeitamente integrados e antes deles os italianos, espanhóis, alemães, libaneses e portugueses de levas recentes. Coreanos e chineses também fazem um bom número. Chegaremos, por certo, aos africanos em geral, vindos espontaneamente ou para cá traficados no passado longínquo.

Apuremos, enfim, até chegarmos aos primeiros portugueses, os colonizadores, com algumas intromissões francesas, espanholas e holandesas. Não havia sequer São Paulo nesse tempo e a questão se complica. Mas, afinal, europeus são europeus e, portanto, não são paulistas.

Agora está ficando mais objetiva a questão:

9) O que os puristas almejam com a pasteurização da raça é uma São Paulo feita de indígenas (aborigine) lustrados por um cosmopolitismo de shopping center?

Alguns desses paulististas apelarão para o fator econômico, chamando a atenção para a diferença escandalosa que existe entre a participação do Estado de São Paulo no PIB nacional e os repasses da União para o Estado. Produzimos muito e recebemos pouco, dizem. Por essa lógica, é desprezível o resultado favorável do comércio do Estado com todos os demais que aqui compram e, assim, fazemos a última pergunta:

10) Deveríamos abrir mão do dinheiro não paulista?

Diante da aparente inviabilidade de caracterizar a genuinidade da cultura paulista pelo método da exclusão, parece-nos forçoso – e muito mais gostoso – concluir que ser paulista é ser inclusivo. São Paulo só é São Paulo se for para todos!

Se você concorda, subscreva esse manifesto.

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