Abaixo-Assinado (#9996):

Escalpelamento não!

Destinatário: internautas

Escalpelamento é um dos maiores riscos do barco a motor nos rios
Acidentes acontecem, porque muitas embarcações não protegem o eixo do motor. Uma proteção simples pode evitar tragédias que marcam para sempre a vida de meninas e mulheres ribeirinhas.
Cristina Serra
Belém (PA), Ilha das Onças (PA), Manaus (AM) e Santarém (PA

Hoje em dia, remo na Amazônia está virando peça de museu. O sonho de consumo de qualquer ribeirinho hoje em dia é um motor para o barco, para um transporte mais rápido e seguro. Mas será mesmo seguro?
A placa de trânsito alerta: são muitos os riscos que vêm à tona pelos caminhos da floresta. "Quando aconteceu o acidente, eu tinha dez anos de idade e a gente estava viajando”, conta a dona de casa Iranilda Magno.
Os acidentes acontecem, porque muitas embarcações não protegem o eixo do motor. Uma proteção simples, de madeira, pode evitar tragédias que marcam para sempre a vida de meninas e mulheres ribeirinhas.
Clarisnete e Valdicléa estão no hospital em tratamento. Estão com a cabeça coberta, porque perderam os cabelos, enroscados no eixo do motor do barco. O acidente acontece ao menor descuido.
A dona de casa Iranilda Magno e a dona de casa Sebastiana Souza, hoje, já conseguem falar sobre o trauma. "Tinha um remo, e eu escorreguei nesse remo. Eu caí, e o eixo pegou meu cabelo", lembra Iranilda.
A dona de casa Sebastiana Souza tinha 12 anos quando aconteceu o acidente, a mesma história triste. "Eu tive que largar os estudos, abandonar, por causa do preconceito que era muito grande. Eu tive que começar a usar lenço, porque não tinha cabelo. Eles puxavam o lenço da minha cabeça para mostrar que eu era careca", lembra.
Em dez anos, a Capitania dos Portos, em Belém, registrou 198 acidentes desse tipo. No ano passado, a Marinha começou a distribuir aos ribeirinhos um protetor de metal para o eixo do motor dos barcos.
Quantas vidas abaladas. Clarisnete tem só dez anos e Valdicléa tem 12. Ainda bem que, hoje, as meninas e as mulheres mutiladas nesse tipo de acidente ganharam um cuidado especial na Santa Casa de Belém.
"Como em qualquer via, acontecem acidentes. E, dentro destes acidentes, aqueles que para nós o mais grave é o escalpelamento", declara o cirurgião plástico Victor Aíta.
E ainda é muito comum ver acidentes nos rios da Amazônia. A Capitania dos Portos tenta fiscalizar. O caminho das águas está cercado de imprudências.

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